Imagine a seguinte cena: você está em uma cafeteria, pronta para pagar seu café da manhã. Em vez de sacar o cartão ou abrir o app do banco, você apenas aproxima o celular da maquininha. Em segundos, o pagamento via Pix é feito — sem digitar senha, sem abrir aplicativo, sem fricção. Isso é o Pix por Aproximação em ação para compras presenciais.
Agora, pense em uma compra online. Você adiciona um produto no carrinho, escolhe Pix como forma de pagamento, e em vez de ser redirecionada para o app do banco, aparece um prompt no próprio site: “Confirme com reconhecimento facial”. Você olha para o celular. Pronto. Compra realizada com Pix por Biometria, um meio de pagamento digital.
Esses dois cenários, que antes pareciam futuristas, já são realidade no Brasil. E estão mudando profundamente como consumidores e empresas vivenciam o momento do pagamento.
Para consumidores: rapidez, fluidez e segurança
O Pix por Biometria e o Pix por Aproximação colocam o consumidor no centro, com uma experiência de pagamento que oferece não só agilidade, mas mais controle e confiança. Autenticar com biometria elimina a dependência de múltiplos aplicativos, reduz o tempo de checkout e aumenta a segurança, já que só o dono da conta pode autorizar a transação. Dessa maneira, temos uma jornada de pagamento muito mais fluida e simples.
No caso do Pix por Aproximação, a experiência é parecida à do cartão por aproximação, mas com vantagens extras: o pagamento é instantâneo, não há taxas para o consumidor, e a experiência é totalmente integrada ao celular ou carteira digital.
Desde julho de 2024, o Google Pay passou a oferecer suporte ao Pix na sua carteira digital no Brasil, permitindo que usuários realizem pagamentos instantâneos diretamente pelo aplicativo. Inicialmente disponível para clientes do C6 Bank e PicPay, a funcionalidade está sendo expandida para outras instituições financeiras, como Itaú, Santander e Banco do Brasil.
Com essa integração, é possível efetuar pagamentos por aproximação em lojas físicas, escanear QR codes ou utilizar chaves Pix, tudo diretamente pela Carteira do Google, sem a necessidade de acessar o aplicativo do banco. A autenticação é realizada por biometria ou PIN, garantindo segurança e agilidade nas transações
Para negócios: mais conversão, menos atrito
O que isso significa para os negócios? Um ganho direto em conversão. Cada etapa a menos no fluxo de pagamento reduz o abandono de carrinho. E quanto mais simples for a jornada, maior a probabilidade do cliente voltar.
Com o Pix por Biometria, por exemplo, empresas de e-commerce eliminam redirecionamentos para o banco e oferecem um checkout que acontece no próprio ambiente da loja — o que pode aumentar as conversões em até 20%, segundo estudos internos. Já no varejo físico, o Pix por Aproximação compete diretamente com cartões oferecendo uma alternativa mais barata e igualmente eficiente.
Além disso, ambas as modalidades aumentam a segurança: a biometria garante que a transação foi de fato autorizada pelo titular da conta, enquanto a tecnologia por aproximação reduz fraudes relacionadas a QR Codes falsos.
Iniciativas do Banco Central impulsionam a inovação nos pagamentos
O Banco Central do Brasil tem desempenhado um papel fundamental na modernização do sistema financeiro nacional. Além do sucesso consolidado do Pix, que se tornou o meio de pagamento mais utilizado no país, o BC está avançando com o desenvolvimento do Drex, a versão digital do real. Previsto para ser lançado em 2025, o Drex utilizará tecnologia blockchain para oferecer transações mais seguras, rápidas e programáveis, facilitando operações como contratos inteligentes e tokenização de ativos.
Essas iniciativas reforçam o compromisso do Banco Central com a inovação e a inclusão financeira, criando um ambiente propício para a adoção de tecnologias como o Pix por Biometria e Aproximação. Com a infraestrutura adequada e regulamentações claras, o Brasil se posiciona na vanguarda dos pagamentos digitais, oferecendo soluções que combinam conveniência, segurança e eficiência para consumidores e empresas.
Estamos entrando na era dos pagamentos invisíveis
Pix por Biometria e por Aproximação não são apenas novas formas de pagar. São novas formas de viver a experiência de compra. Elas substituem o processo tradicional por algo mais natural, intuitivo, quase invisível.
E isso é só o começo.
Combinadas ao avanço do Open Finance, essas tecnologias apontam para um futuro em que pagar será tão simples quanto olhar para a tela ou encostar o celular no caixa. As barreiras entre desejo e ação estão desaparecendo e o Brasil, mais uma vez, lidera essa revolução silenciosa no mundo dos pagamentos.