Saiba mais sobre a etapa fundamental no processo de tornar o consumidor proprietário de seus próprios dados financeiros no Open Finance: o consentimento do usuário.
Desde que foi idealizado, a grande transformação proposta pelo movimento do Open Finance foi transformar o usuário em proprietário de seus próprios dados financeiros, ao invés da instituição hospedeira deles.
Para que esse processo ocorra de forma bem sucedida, é essencial que haja um consentimento expresso do usuário, uma validação de que ele não apenas tem conhecimento de que seus dados financeiros estão sendo utilizados, como também de que concorda com seu uso.
“O consentimento do usuário é fundamental, uma vez que a premissa do Open Finance é que o usuário passe a ser o proprietário de seus próprios dados, e não pode ser feito nada que não seja de conhecimento e concordância dele”
Ana Luiza Castro, Open Banking Strategy Manager na Belvo
Mas como isso funciona? Qual a diferença desse processo em fluxos regulados e em fluxos não regulados? Como obter esse consentimento sem prejudicar a conversão na aquisição de algum produto ou serviço?
Consentimento do usuário em modelos regulados
Nos modelos regulados de Open Finance no Brasil, em que já temos regras bem definidas sobre o tema, descritas inclusive em um guia de experiência do usuário,,, o próprio Open Banking, com o consentimento do Banco Central do Brasil definiu como se deve solicitar o consentimento do usuário.
Dentro dessa jornada, é definido que a instituição que está requerendo os dados especifique não só quais dados quer usar, mas também para qual propósito e por quanto tempo. Após o consentimento do usuário sobre o uso desses dados, ele é direcionado para a instituição transmissora de dados para validar a sua autenticidade e dar a expressa concordância para o compartilhamento e uso de dados.
É uma forma extremamente segura de assegurar o consentimento do usuário, uma vez que os mecanismos garantem não apenas que o dono dos dados tenha total transparência do que está cedendo, mas também que o faça em um processo com diversos mecanismos de segurança que evitam que haja fraude ou roubo de informações. É importante a vigilância e o comprometimento de todas as instituições para garantir que as as regras definidas no Guia de Experiência do Usuário do Open Banking estão sendo seguidas corretamente, garantindo a proteção do usuário.
Além disso, também faz parte do guia de como solicitar o consentimento do usuário dentro do modelo regulado a obrigação de deixar de forma clara e expressa a finalidade do compartilhamento, os dados que o usuário está compartilhando e o período.
Hoje, a Belvo já trabalha neste modelo no Brasil, adotando as melhores práticas e com as mais importantes diretrizes de segurança sempre atualizadas.
Por ser um modelo de consentimento padronizado, é esperado que cada vez mais os usuários finais estejam familiarizados com esse fluxo, o que ajuda a aumentar a sua adoção e evitar qualquer tipo de fricção.
Consentimento do usuário em modelos não-regulados
“Quando falamos de Open Banking regulado, só podem participar instituições reguladas pelo Banco Central, entre elas, instituições de pagamento e financeiras. Então não tem nem como uma instituição que não seja desses segmentos participar“
Ana Luiza Castro, Open Banking Strategy Manager na Belvo
O modelo regulado de consentimento do usuário definido pelo Open Banking Brasil, com o aval do Banco Central do Brasil é um guia de práticas obrigatório para instituições que realizem extração de dados no Open Finance do Banco Central, principalmente as instituições financeiras e de pagamento.
Instituições não-participantes do Open Finance regulado podem usar outros serviços para acessar dados financeiros, sempre que garantirem que o consentimento prévio foi dado pelo dono dos dados financeiros. Neste modelo o consentimento deve seguir os padrões da Lei Geral de Proteção de Dados, conhecida como LGPD, que garante às pessoas o direito sobre todas as suas informações. Para isso, o provedor de serviços de compartilhamento de dados pode usar as ferramentas de segurança e princípios de UX que considerar mais adequados, sem a necessidade de padronização.
No caso da Belvo, a verificação de conta é realizada internamente, sem a necessidade da autorização do usuário numa mudança de ambiente, pelo nosso Connect Widget. O processo, dessa forma, acaba tendo menos fricção.
No entanto, vale ressaltar que não é porque não há esse redirecionamento que o processo não é seguro. Existem diversas outras formas de se garantir a segurança e lisura da interação e, inclusive, certificações do mais alto padrão de segurança internacional que ajudam a assegurar esse processo, como a ISO 27001, que a Belvo obteve em outubro de 2021.
Melhores práticas para aumentar a conversão
Independentemente de seguir o modelo regulado ou não regulado, é fundamental que qualquer empresa que vá utilizar dados financeiros do usuário adote boas práticas nesse momento.
Logicamente, o motivo mais importante para isso é integridade e transparência – mas também é importante ressaltar que, agora que o usuário é proprietário de seus próprios dados financeiros, algumas más práticas também podem acabar gerando menos conversão.
Não há uma fórmula universal para as melhores práticas de Open Finance: dependendo do país ou caso de uso, todo serviço terá suas próprias particularidades. Identificá-las é a melhor forma de resolver problemas.
Seja claro em relação a sua proposta de valor
É fundamental que o consumidor entenda de forma bem transparente qual a proposta de valor do produto ou serviço que está sendo oferecido antes que uma instituição peça para ele o acesso aos seus dados financeiros.
Pense no caso de um empréstimo. Como a empresa se difere dos demais concorrentes? Seria na taxa de juros? Na garantia? Ter essa proposta de valor de forma bem clara é fundamental para que o usuário não tenha dúvidas na hora de prover seu consentimento.
Eduque o usuário
Não é segredo que Open Finance ainda é novidade na América Latina. Mesmo dentro do ecossistema financeiro e de inovação, ainda existem brechas de compreensão sobre a adoção do novo sistema.
Com o usuário final,o trabalho a ser feito é ainda maior o cenário é ainda pior. Em pesquisa conduzida pela Bain & Company, concluiu-se que apenas 14% dos brasileiros têm uma boa compreensão sobre o conceito de Open Banking.
Consumidores estarão mais dispostos a compartilhar seus dados se eles compreenderem por que devem confiar nesse novo sistema. Ser claro sobre como o Open Finance funciona e porque é vantajoso e seguro é fundamental para que o usuário divida suas informaçõescompartilhe seus dados.
Construa um processo seguro
Construir um processo seguro é o mínimo que se espera ao se manusear algo tão sensível como os dados financeiros de alguém. Isso nem é uma questão de conversão, é uma questão de responsabilidade.
No entanto, parafraseando o antigo provérbio romano: não basta ao processo ser seguro, ele deve parecer seguro.
Usuários estão muito mais propensos a consentir que se utilize seus dados financeiros se eles acreditam na segurança e lisura do processo, por isso, nunca é demais reforçar este ponto.
Seja transparente sobre o porquê do uso dos dados
“Por que eu preciso compartilhar meus dados?”
Não tenha dúvidas de que essa é a primeira pergunta que o usuário fará quando solicitarem que ele compartilhe seus dados financeiros.
Por isso, é uma peça chave no processo que ele tenha, de forma bem clara e transparente, total ciência de porque o uso de seus dados financeiros pode ser importante para que seja oferecido a ele um produto melhor e mais adequado para ele.
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Caso você tenha interesse em oferecer produtos cada vez melhores, personalizados e seguros para o seu usuário, não hesite em entrar em contato conosco.
Na Belvo, adoramos escutar ideias inovadoras e entender como podemos colocá-las em prática 😉
Melhores práticas para aumentar a conversão
Independentemente de seguir o modelo regulado ou não regulado, é fundamental que qualquer empresa que vá utilizar dados financeiros do usuário adote boas práticas nesse momento.
Logicamente, o motivo mais importante para isso é integridade e transparência – mas também é importante ressaltar que, agora que o usuário é proprietário de seus próprios dados financeiros, algumas más práticas também podem acabar gerando menos conversão.
Não há uma fórmula universal para as melhores práticas de Open Finance: dependendo do país ou caso de uso, todo serviço terá suas próprias particularidades. Identificá-las é a melhor forma de resolver problemas.
Seja claro em relação a sua proposta de valor
É fundamental que o consumidor entenda de forma bem transparente qual a proposta de valor do produto ou serviço que está sendo oferecido antes que uma instituição peça para ele o acesso aos seus dados financeiros.
Pense no caso de um empréstimo. Como a empresa se difere dos demais concorrentes? Seria na taxa de juros? Na garantia? Ter essa proposta de valor de forma bem clara é fundamental para que o usuário não tenha dúvidas na hora de prover seu consentimento.
Eduque o usuário
Não é segredo que Open Finance ainda é novidade na América Latina. Mesmo dentro do ecossistema financeiro e de inovação, ainda existem brechas de compreensão sobre a adoção do novo sistema.
Com o usuário final,o trabalho a ser feito é ainda maior. Em pesquisa conduzida pela Bain & Company, concluiu-se que apenas 14% dos brasileiros têm uma boa compreensão sobre o conceito de Open Banking.
Consumidores estarão mais dispostos a compartilhar seus dados se compreenderem por que devem confiar nesse novo sistema. Ser claro sobre como o Open Finance funciona e porque é vantajoso e seguro é fundamental para que o usuário divida suas informações.
Seja transparente sobre o porquê do uso dos dados
“Por que eu preciso compartilhar meus dados?”
Não tenha dúvidas de que essa é a primeira pergunta que o usuário fará quando solicitarem que ele compartilhe seus dados financeiros.
Por isso, é uma peça chave (e obrigatória) no processo que ele tenha, de forma bem clara e transparente, total ciência de porque o uso de seus dados financeiros pode ser importante para que seja oferecido a ele um produto melhor e mais adequado a suas necessidades pessoais.
Construa um processo seguro
Construir um processo seguro é o mínimo que se espera ao se manusear algo tão sensível como os dados financeiros de alguém – além do mais, também é obrigatório, pelas normas e leis vigentes de segurança e privacidade. Isso nem é uma questão de conversão, é uma questão de responsabilidade.
No entanto, parafraseando o antigo provérbio romano: não basta ao processo ser seguro, ele deve parecer seguro.
Usuários estão muito mais propensos a consentir que se utilize seus dados financeiros se eles acreditam na segurança e lisura do processo, por isso, nunca é demais reforçar este ponto.
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Caso você tenha interesse em oferecer produtos cada vez melhores, personalizados e seguros para o seu usuário, não hesite em entrar em contato conosco.
Na Belvo, adoramos escutar ideias inovadoras e entender como podemos colocá-las em prática 😉