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Como será o compartilhamento de dados no Open Banking Brasil

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Equipe Belvo Communications

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Como será o compartilhamento de dados no Open Banking Brasil

Conversamos com integrantes da estrutura de governança do Open Banking no Brasil para entender como será a fase 2 e as melhores práticas da jornada de compartilhamento de dados do usuário.

A segunda fase do Open Banking no Brasil está se chegando e, com ela, muita expectativa por parte de empresas que vêem nos dados financeiros uma oportunidade de construir produtos inovadores e mais inclusivos.

Se durante a primeira fase, focada no compartilhamento de dados públicos das instituições, o consumidor não via tanto que benefícios poderia obter com o novo modelo, agora com a segunda fase a situação começa a mudar. Isso porque o escopo da nova etapa engloba justamente o usuário. É agora que começa o trabalho em cima dos dados do usuário – seus dados cadastrais, informações de conta/extrato, e operações de crédito.

“Em fevereiro, quando falávamos que o Open Banking havia começado, não havia um valor claro para o usuário. Agora as coisas vão se desenvolvendo para o usuário, mostrando cada vez mais o valor que pode ser obtido a partir desses dados”, afirma Rogério Melfi, da TecBan.

Como é muito dito, o Open Banking oferece a possibilidade de o usuário portar seus dados de comportamento de consumo financeiro de uma instituição para outra, sempre com seu consentimento. A segunda fase pavimenta a jornada de compartilhamento de dados, garantindo segurança e possibilitando que instituições tenham mais facilidade na hora de conseguir os dados do usuário e possam, assim, pensar em soluções personalizadas de acordo com as necessidades específicas do consumidor.

A estrutura de governança do Open Banking no Brasil

Segundo Ingrid Barth, fundadora da Linker e integrante do Conselho do Open Banking Brasil, a estrutura de governança do Open Banking considera três grandes pilares. O primeiro grande pilar é a democratização do acesso ao sistema financeiro em geral. “Existem muitos desafios em relação ao acesso e à bancarização. O acesso a serviços financeiros não é um luxo, é um direito essencial”, explica Ingrid. O segundo pilar é a oportunidade de crédito, que, segundo ela, ao contrário do que muitos pensam, não é uma dívida, mais sim uma oportunidade de alavancar a economia.

Finalmente, o terceiro grande pilar é a a experiência do usuário, ou seja, a facilidade de entender o que se está sendo feito com os dados e capacidade de gerar oportunidades melhores.

E é justamente neste grande pilar que toca a próxima etapa do Open Banking no Brasil.

“Além da educação financeira que precisamos melhorar, agora também precisamos pensar sobre a educação acerca de dados. O usuário vai precisar ter uma diligência maior e se empoderar verdadeiramente sobre os dados para um consumo melhor e mais inteligente”, afirma Ingrid.

A importância da experiência do usuário

Uma das grandes preocupações da estrutura de governança do Open Banking, que conta com mais de 200 pessoas trabalhando no projeto, está em garantir uma experiência fluida e segura para os consumidores. “Bebemos de boas fontes para somar aprendizados e construir uma coisa que funcionasse para o ecossistema bancário brasileiro. Temos trazido requisitos de segurança e de UX. Talvez esteja mais complexo do que no começo, mas com aprendizado, com manuais, com todos os passos necessários para funcionar”, conta Rogério.

Desafios da segunda fase

Para ele, o maior desafio está na parte de consentimento do usuário, tanto na experiência do consumidor na hora de compartilhar seus dados quanto em relação à gestão deste consentimento. Do lado do receptor, a parte estrutural e de segurança para garantir que não exista vazamento, e do lado do doador também – garantir que os dados que estão sendo compartilhados têm o consentimento do usuário, que seguiram um fluxo de autorização padronizado. Acho que esse é o desafio tecnológico e de educação de provar para o usuário que todo o processo lhe devolverá algum valor.

Rogério acredita que é isso que trará riqueza aos produtos que podem ser criados a partir disso. “O que agregadores de contas e plataformas facilitadoras como a Belvo vão poder fazer com esses dados, os iniciadores de pagamentos que virão na próxima fase, é o que vai gerar valor finalmente pra o usuário”, conta.

Confira como foi o webinar na íntegra e saiba mais sobre a jornada de compartilhamento de dados e os requisitos que precisam ser seguidos e as recomendações para oferecer a melhor experiência de usuário possível:

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