Tecnologias de Open Finance para e-commerce permitem melhorar a experiência do cliente, aumentar vendas, aprimorar análise de mercado e reduzir fraudes.
Com expectativa de atingir R$ 185 bilhões de faturamento em 2023, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor de ecommerce brasileiro vive momento decisivo em termos de consolidar a tendência de crescimento potencializada durante a pandemia de covid-19 e atingir metas ambiciosas nos próximos anos, com expectativa de, por exemplo, um faturamento de R$273 bilhões em 2027.
Nesse cenário de alto potencial e concorrência, pagamentos Pix via Open Finance podem ser verdadeiras game changers para o setor no sentido de melhorar a experiência do cliente, aumentar as vendas e reduzir fraudes. Ao adotar tecnologias que vão do uso de dados para avaliação de perfil até a iniciação de pagamentos para otimizar processos de checkout, os players de e-commerce podem se beneficiar de diferenciais relevantes para garantir crescimento nos próximos anos, atendendo clientes cada vez mais exigentes e usufruindo das últimas tecnologias.
Entre esses diferenciais, o Pix via Open Finance oferece benefícios significativos nos setores de inteligência de mercado, crédito e pagamentos.
Como a iniciação de pagamentos Pix via Open Finance pode aprimorar o checkout
Uma das possibilidades mais interessantes de tecnologias de Open Finance para e-commerce em termos de benefícios está na iniciação de pagamentos Pix via Open Finance, que pode ajudar a diminuir o abandono de carrinho (hoje em taxas que chegam a 85% no país) reduzir fraudes e melhorar a experiência do cliente.
No Brasil, a modalidade de transferência Pix via Open Finance aprimora a experiência do Pix tradicional e chega a aumentar a conversão de pagamentos em até 20% graças a um processo com menos etapas e que conta com redirecionamentos automáticos.
Na iniciação de pagamentos via Open Finance, o iniciador da transação é o próprio comerciante e a operação precisa ser concluída pelo cliente no mesmo momento, sem o risco de espera entre o cliente receber a cobrança e efetivamente concluir seu pagamento no ambiente do banco. Isso permite que o comerciante evite bloqueios de estoque desnecessários.
Ainda, a modalidade otimiza a conversão ao não precisar de processos de “copia e cola” ou do scan de um QR code, obstácilos que quebram o fluxo atual do Pix e levam a níveis significativos de abandono da compra.
O método se torna ainda mais vantajoso se comparado com outros meios de pagamento tradicionais, como cartão de crédito e boletos bancários. Suas taxas são significativamente mais baratas, a compensação é imediata e a modalidade é menos sujeita a fraudes: contando com todos os pré requisitos de segurança do Banco Central, a iniciação de pagamentos envolve o uso de métodos de autenticação do cliente para iniciar a operação, garantindo que apenas pagamentos autorizados e verificados as partes serão realizados.
Como o Open Finance ajuda a diminuir o risco de crédito na emissão de cartões private label
Em termos de acesso a dados, a modalidade apresenta um interesse adicional para varejistas que emitem cartões de crédito. Com acesso a dados que detalham os padrões de gastos de cada cliente, identificam renda e analisam comportamentos de risco financeiro, é possível direcionar melhor as ofertas de crédito e aumentar as taxas de aprovação.
O conjunto dessas informações implica em ofertas de crédito mais precisas, melhorando a satisfação do cliente, contribuindo para a fidelização, e, aspecto fundamental, contribuindo para diminuir o risco de crédito e a inadimplência, que tem atingido níveis significativos também no private label.
Em caso de aplicação do Open Finance ao funil observado pela Belvo, foi constatado um aumento de 16% de clientes que, após recusa no funil tradicional por baixo histórico de crédito, obtiveram nova oferta com o compartilhamento dos dados de Open Finance. Em caso de empresa que desejava incrementar linhas de crédito para clientes já existentes, observou-se aumento de até 33% na aceitação de novo limite após compartilhamento das informações.
Como usar o Open Finance para inteligência de mercado
Analisando dados de qualidade que traduzam de forma competente os hábitos de consumo dos clientes, varejistas têm a oportunidade de identificar tendências de compras e ajustar suas estratégias de marketing de acordo com as necessidades e desejos dos consumidores. Além disso, uma análise de inteligência de mercado bem-feita, baseada em dados precisos, pode ajudar as empresas a entender melhor o cenário competitivo e tomar decisões de negócios mais informadas. Isso é especialmente importante para avaliar o share of wallet, ou seja, a fatia de mercado que a empresa detém em relação ao orçamento total do cliente, uma métrica vital para o sucesso no varejo.
Os dados oferecidos pelo Open Finance podem ter uma utilidade ainda maior no contexto dos marketplaces. Isso porque, ao conhecer melhor seus vendedores, a empresa pode ajustar seu atendimento e oferecer condições mais vantajosas para que os comerciantes possam vender mais em sua plataforma. Essa possibilidade de, por exemplo, saber o quanto um vendedor específico vende em comparação com seus concorrentes, pode ajudar na tomada de decisões estratégicas e beneficiar tanto o vendedor quanto a plataforma.
No que diz respeito a crédito, os dados de Open Finance permitem aprimorar os processos de empréstimos B2B para pequenas e médias empresas, como no caso de um marketplace que fornece crédito a lojas que operam em sua plataforma: esses estabelecimentos compartilham suas transações bancárias e a plataforma recebe detalhes de cash flow para ter uma visibilidade maior dos negócios daquele comércio fora de sua própria plataforma.
Saiba mais sobre casos de uso de acesso e enriquecimento de dados de Open Finance e da iniciação de pagamentos.
