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O papel das ITPs na economia cashless

Adriana Camargo

Adriana Camargo Lead de Public Policy na Belvo

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O papel das ITPs na economia cashless

Descubra como a tecnologia está revolucionando nossas transações financeiras e impulsionando a inclusão e a eficiência no mercado.

O advento de ferramentas como o Pix, o Open Finance e, em breve, o Real Digital tem transformado a maneira como lidamos com o dinheiro, pavimentando o caminho para uma economia cashless. Essas inovações financeiras têm como objetivo principal oferecer conveniência, segurança e eficiência nunca antes vistas em nossas transações financeiras.

Recentemente, Otávio Damaso, Diretor de Regulação na Banco Central do Brasil, em uma fala durante um evento realizado pelo Banco Central sobre tokenização e o futuro das finanças, destacou que o Pix e o Open Finance têm quebrado a verticalização das grandes instituições financeiras em relação à experiência de pagamento. No entanto, para que essa transformação se concretize plenamente, é necessário que haja uma convergência dentro do âmbito regulatório, garantindo que as regras estejam claras e alinhadas com o propósito de impulsionar essa nova economia.

Nesse contexto, as Instituições de Pagamento (ITPs) desempenham um papel crucial na economia cashless. Elas atuam como intermediárias entre consumidores e empresas, facilitando transações diretas e seguras. Por meio dessas ITPs, é possível realizar pagamentos de forma ágil e eficiente, com processamentos seguros e confiáveis.

Uma das vantagens das ITPs é a possibilidade de oferecer uma ampla variedade de métodos de pagamento. Desde os tradicionais cartões de crédito e débito até as modernas carteiras móveis e criptomoedas, os iniciadores de pagamento atendem às preferências e necessidades de diferentes usuários, com a vantagem de serem mais seguros e baratos. Essa diversidade de opções promove a inclusão financeira, permitindo que um número maior de pessoas participe ativamente do cenário de pagamentos digitais. Por outro lado, a ITP abre aos varejistas a possibilidade de ofertar métodos alternativos de pagamento com um custo menor, com efeito direito nos preços praticados por ele, o que mais uma vez vai beneficiar o usuário final.

A conveniência e a eficiência oferecida pels ITPs beneficia tanto os consumidores quanto as empresas. Além disso, as ITPs contribuem para a inclusão financeira ao fornecerem serviços a populações que anteriormente não tinham acesso aos serviços bancários. Com a popularização de bancos móveis e das carteiras digitais, pessoas que antes estavam à margem do sistema financeiro tradicional agora podem se envolver na economia sem depender do dinheiro em espécie. Dessa forma, as ITPs têm um papel fundamental em preencher a lacuna entre os chamados “sem-banco” e o ecossistema de pagamentos digitais. Elas capacitam milhões de pessoas a participar de transações financeiras de forma simples e descomplicada, através de um ambiente tecnológico simplicado e menos burocrático.

Há também uma maior segurança em uma economia cashless quando verificamos que a exposição ao risco de roubo ou perda de dinheiro em espécie é reduzida, além de permitir uma maior visibildiade dos gastos que ajudam no controle financeiro. Com tamanha transparência, torna-se possível ao usuário agir de maneira mais responsável em relação a tomada de crédito, por exemplo, que ainda apresentam taxas extremamente elevados no Brasil.

Podemos esperar cada vez mais aprimoramento e personalização dos apps bancários moldando a economia cashless, e alimentados pelo Open Finance e pelas ITPs, com implicações futuras de longo alcance. Essas tendências prometem revolucionar o mercado financeiro nos próximos anos, aumentando ainda mais a eficiência, a segurança e a inclusão financeira.

No entanto, para que essa transformação seja bem-sucedida, é fundamental que as instituições de iniciação de transações continuem tendo um papel ativo no ecossistema, pois garantem a segurança e a transparência das operações para o consumidor. Além disso, uma regulação clara e alinhada com o propósito de impulsionar a economia cashless, garantindo a privacidade e segurança dos dados financeiros também sao essenciais para garantir a confiança dos usuários e a estabilidade do sistema financeiro como um todo.

Com o avanço da tecnologia e o constante surgimento de inovações financeiras, estamos presenciando uma mudança significativa na forma como lidamos com o dinheiro. A economia cashless está apenas começando, e as possibilidades são promissoras. À medida que mais pessoas adotam as transações digitais e as instituições financeiras se adaptam a esse novo cenário, podemos esperar uma economia mais eficiente, inclusiva e conectada.

E as ITPs ajudaram a fazer essa mudança, garantindo que a transição seja inclusiva, protegendo os interesses de todos os membros da sociedade.

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